Com a vitória de Fernando Haddad na disputa a prefeitura de São Paulo, começa a onda de disputa por cargos na nova administração do petista. Haddad planeja fazer uma reforma administrativa para enxugar estruturas e tornar a gestão um “laboratório de políticas públicas”. A ideia preocupa aliados, que já disputavam cargos na equipe antes da vitória e agora temem a fusão de secretarias.
Um deles, Jilmar Tatto reivindica assento na secretaria dos transportes ou pelo menos quer indicações.
De acordo com o portal IG, contrariados com o assédio, Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizaram a busca por cargos. O prefeito eleito não parece disposto a ceder Transportes para apadrinhados de Jilmar. Ele ouviu sugestões para convidar Ana Odila de Paiva Souza, principal formuladora de sua plataforma na área, mas ainda não decidiu.
O PMDB apresentou o ex-secretário das gestões Paulo Maluf e Celso Pitta, Getúlio Hanashiro, que coordenou os projetos de ônibus de Gabriel Chalita. O partido também indicou Marianne Pinotti, vice de Chalita e ex-secretária de Saúde de Ferraz de Vasconcellos, para a Saúde. Mas sabe que ambos devem ter apenas cargos de segundo escalão.
Jilmar Tatto e os trólebus
Tatto foi secretário de transportes da gestão da ex prefeita Marta Suplicy. Teve alguns feitos notáveis como 200 km de faixas exclusivas para ônibus, 10 novos terminais e outros 20 foram projetados, além da implantação do Bilhete Único. No entanto, foi na sua gestão que o sistema trólebus teve sua maior queda, com a desativação de mais de 50% da frota operacional, sendo alguns dos veículos com menos de 5 anos de vida. A justificativa foi que a fiação dos ônibus elétricos era muito feia.
Com a entrada do PT em São Paulo surge um sentimento de incerteza para todos aqueles que são favoráveis aos ônibus elétricos, veículos 100% ecológicos.
Por Renato Lobo
