São Paulo terá até o fim do ano 220 km faixas exclusivas para ônibus. São vias separadas geralmente com sinalização horizontal que delimitam os espaços em que os coletivos podem andar com exclusividade. Avenidas de grande movimentação de carros receberam, ou receberão as faixas, como Avenidas 23 de Maio, Paulista, e Marginal Pinheiros. Os planos da prefeitura é transformar tais faixas em corredores exclusivos, passando a via para o lado esquerdo para minimizar o impacto com outros veículos que fazem a conversão à direita, ou estacionam. Além disso, promete-se estações com pagamento de tarifa, onde o passageiro contabiliza na catraca no solo, dando agilidade ao coletivo.
Não será raro encontrar algum motorista de carro que discorde da ideia. No entanto, democraticamente o ônibus tem mais direito no deslocamento, uma vez que ele leva um maior número de pessoas. Estatísticas apontam que, um carro transporta em média 1,4 pessoas e esse tipo de transporte é responsável por 78% das filas do trânsito da capital paulista, enquanto um ônibus de linha transporta em média 71,53 pessoas e ocupa apenas 6% do espaço nas vias. O cálculo exato aponta diminuição de 51,09 carros para cada ônibus cheio.
Além de carregar mais gente, os ônibus transportam mais passageiros que os carros por dia. Mais de 50% dos deslocamentos na Região Metropolitana de São Paulo são feitos de transporte público. Entre os meios de transporte disponíveis em São Paulo, o mais utilizado é o ônibus. A frota transporta mais gente do que todas as linhas do Metrô juntas. São mais de 17 milhões de pessoas viajando por dia, quase nunca em situação ideal.
A medida pode não agradar a todos, mas tais ações são bem vindas para toda a cidade, já que segundo pesquisa do IBGE dão conta de que 82% dos paulistanos afirmaram que deixariam de usar o carro se tivessem uma boa alternativa de transporte público.
