Projeto de criação de um carro (vagão) exclusivo para mulheres nos trens do Metrô e da CPTM de autoria do vereador Alfredinho do PT é um tanto quanto polêmico. O tal projeto foi provado pela Câmara Municipal, e quer evitar abusos no transporte. Segundo ele, seria obrigatório destinar faixa cor de rosa “nos ônibus e vagões específicos nos trens e metrô “com dizeres ‘espaço exclusivo para mulheres’ em percentual não inferior a 50% da frota, para identificar o veículo, indicando ser espaço reservado a mulheres em horário determinado”.
Mas a Secretária de Transportes Metropolitanos diz ser “operacionalmente inviável” a medida. Em nota divulgada nesta quarta-feira (2), a pasta afirma que a medida, aprovada por unanimidade na Câmara Municipal da capital na terça (1º), “infringe o direito de igualdade entre gêneros à mobilidade livre. Diariamente, o sistema metroferroviário transporta 7,2 milhões de passageiros”, e que 58% deles são mulheres, “fazendo com que a adoção de vagões femininos seja operacionalmente inviável”.
Caso vire lei, o projeto prevê ainda uma quota exclusiva para mulheres em ônibus e em carros do Metrô durante o horário de pico (das 6h às 10h e das 16h às 20h), de segunda a sexta-feira, exceto feriados. O projeto ainda vai para uma 2ª votação, sem data prevista.
CPTM já teve espaços para as mulheres
Em 1995, a companhia implantou, durante três meses, na Linha 10, um projeto piloto denominado Carros Preferenciais para Mulheres, Idosos, Crianças e Deficientes Físicos.
Mas, segundo a CPTM, os próprios usuários, inclusive mulheres, não aderiram à iniciativa, entendendo que se tratava de um retrocesso e que a mesma era discriminatória. Ainda naquela oportunidade, casais de namorados, maridos e esposas, mães e filhos viajando juntos, não aceitaram circular separadamente.
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