Estudo diz que Metrô do RJ é sete vezes mais problemático que o de SP

Metro Rio, Rio de Janeiro

Não é raro constatar uma certa rivalidade entre paulistas e cariocas, o que é uma bobagem já que ambas as cidades possuem ótimas qualidades. Mas, para dar caldo a essa discussão um estudo afirma que o Metrô da capital carioca é 7 vezes mais problemático que o paulista, ainda que a malha ferroviária da cidade maravilhosa seja 43% menor que a paulista e transporte quatro vezes menos passageiros.

A conclusão parte de dois estudos do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que pesquisou a mobilidade nas duas capitais e nas cidades de Belo Horizonte e Recife, este que por sua vez apresenta o maior número de irregularidades.

Quando apenas o metrô é avaliado, o de São Paulo, com quase 5 milhões de passageiros por dia, o estudo destaca oito irregularidades em suas cinco linhas e 75,5 quilômetros de extensão. Três em qualidade de viagem (item que engloba velocidade média, intervalo entre os trens, conforto e acessibilidade) e cinco em atendimento aos usuários, como falhas em canais de reclamação, em informação sobre o trajeto e devolução do bilhete quando o serviço é mal prestado.

Já na malha carioca que transporta 800 mil passageiros diários, o número é de 58 irregularidades em suas duas linhas. Foram 34 problemas nas estruturas das estações, nove nos vagões e 15 na qualidade das viagens.

Quando chegamos ao Metrô de Recife, aparecem 93 problemas, que diz respeito a qualidade da viagem (29) e as estruturas das estações (27) de suas quatro linhas. Entre um e outro figuram os 28 quilômetros do metrô de Belo Horizonte, responsável por transportar 241 mil passageiros todos os dias. Por lá, o Idec encontrou 23 desvios, dez deles em atendimento ao usuário, nove nas estruturas das estações e quatro na qualidade da viagem.

Nas palavras do instituo, “a precariedade do serviço” é de fato maior no Rio e no Recife. “As regras que visam a prestação de um bom serviço são amplamente desrespeitadas”, explica João Paulo Amaral, pesquisador do instituto e responsável pelo levantamento. “Queremos que os cidadãos usem seus direitos e exijam, por exemplo, sua passagem de volta caso ele se sinta prejudicado, um direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor.”

Com as informações de IG

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.