https://youtu.be/62UNVsOkEhE
Sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos – VLTs, a versão atualizada do bonde, e os corredores de ônibus chamados pela sigla em Inglês de BRT (Bus Rapid Transit) são meios de locomoção considerados de média capacidades. Estão em um espaço intermediário entre os Metrôs e Trens Metropolitanos, mas transportam mais gente que uma linha de ônibus comum.
Há uma longa discussão de qual das tecnologias seria melhor aplicada para os futuros projetos, e essa discussão quase sempre é enviesada, em parte por aqueles que enxergam o transporte sobre trilhos como solução, e na outra ponta, pelos amantes dos ônibus. Sim, no meio de pesquisa e de entusiastas da mobilidade, há estes dois grupos, além de outros.
No entanto, VLT e BRT possuem vantagens um sobre o outro, e a seguir listamos as três vantagens de cada meio de transporte.
Vantagens do VLT sobre o BRT
1 – Segurança
Estudo da UITP mostra que estatisticamente o VLT é, de fato, seis vezes mais seguro do que viajar de carro: das 15 cidades incluídas na amostra, a taxa de acidentes para VLT é 0,47 por milhão de km, em comparação com 2,86 para carros.
VLTs são veículos ferroviários, e portanto não dependem de direcionamento do operador. Existe ainda fabricantes na Europa desenvolvendo veículos com sensores de colisão, o que deve deixar os bondes mais seguros.
2 – Requalificação Urbana
Um artigo do do Mobilize Brasil mostra a fala do superintendente da ANTP, Marcos Bicalho, que reforça a importância do VLT para o que chama de “requalificação urbanística” de uma grande cidade. Um bom exemplo é o Rio de Janeiro, onde o VLT foi usado para revitalizar o centro da cidade.
3 – Quase sempre é constituído por veículos com emissão zero
Na grande maior parte dos sistemas de bondes modernos, os veículos são de tração elétrica, salve raras exceções como os VLTs da CBTU, em algumas cidades brasileiras. Os BRT também podem ter veículos elétricos, mas os maiores sistemas do mundo, como em Bogotá, usam em sua maioria, veículos a diesel.
Vantagens do BRT sobre o VLT
1 – Leva mais passageiros que o VLT
De acordo com o mesmo artigo do Mobilize, o consultor Peter Alouche revela que os VLTs podem transportar de 5.000 a 35.000 passageiros por hora por sentido, dependendo do grau de segregação da via.
Já o BRT mais demandado do mundo, que é o de Bogotá, pode transportar até 45.000 passageiros por hora e por sentido.
2 – É mais barato no ponto de vista da obra
De acordo com Alouche, o custo do BRT é de R$ 30 milhões por quilômetro, enquanto o do VLT chega a R$ 60 milhões por quilômetro de trilho.
3 – Construção mais rápida
A implantação de um BRT também é mais simples e menos demorada, conforme explica no artigo do Mobilize, o presidente da NTU, Otávio Cunha. “Você faz um corredor de BRT em dois anos e meio, entre projeto básico, executivo e a implantação”, afirma, para depois acrescentar que “um VLT não se faz em menos de 6 anos”.
bom artigo, mas ficou algumas duvidas:
no texto fala que o BRT é mais barato que o VLT na construção, mas e na operaçao e manutençao? continuaria sendo mais barato o BRT?
e o VLP, quais seriam as vantagens desse sistema perante o BRT e o VLT?
obrigado
A capacidade do Monotrilho previsto para a linha 15-Prata, que é considerada a maior mundial para carruagens com largura entre 3,05 e 3,15 m (standard), e comprimento da composição total de ~86 m e com 7 vagões, é de ~1000 pessoas, concorrendo com o BRT e o VLT são considerados de Média demanda, contra para a mesma largura, porém com comprimento de ~132 m e com 6 vagões é de ~2000 pessoas para o Metrô, e com comprimento de ~170 m e com 8 vagões é de ~2500 pessoas para os Trens Suburbanos, significando com isto que a capacidade do metrô e dos trens suburbanos são no mínimo o dobro do monotrilho, trafegando na mesma frequência, sendo considerados de Alta demanda.
Comparativos: A capacidade é expressa em número de Passageiros por Hora por Sentido (p/h/s), assim BRT, VLT, Monotrilho – 4000 a 40000 p/h/s, enquanto Metrô, Trens suburbanos – 20000 a 60000 p/h/s.
Estão previstas plataformas centrais para saídas de emergência em todo seu trajeto, obrigatórias para esta função.
Estamos considerando a largura padronizada dos carros para os três de 3,05 m (padrão brasileiro). Não confundir com os trens suburbanos usados espanhóis da Linha 10-Turquesa CPTM-SP e alguns da SUPERVIA-RJ de 2,9 m que possuem um estribo (gambiarra) em frente ás portas para compensar o vão com a plataforma.