Em um texto assinado por José Claudinei Messias, que é presidente interino do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, entidade que representa os ferroviários das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, o representante da categoria questiona o governo estadual a ter baixado unidades das séries 2100 e 1700.
Segundo o sindicato, em visitas periodicamente nas oficinas da operadora, “um fato triste chama a atenção dos representantes sindicais da categoria: ver diversos trens da série 2100 paralisados nos Pátios de Santa Terezinha e Presidente Altino, e em flagrante estado de sucateamento”.
A entidade diz que os comboios passaram por modernização. “É lamentável conviver com o descaso e o desperdiço de dinheiro público aliado ao sucateamento e desprestígio da indústria ferroviária. É muito importante a modernização da frota para que os passageiros tenham maior conforto e segurança dos ferroviários, mas defendemos que isso deve estar alinhado a economia de dinheiro público.”, diz o comunicado.
No ano passado, a CPTM retirou a maior parte dos trens da série 2100 na Linha 10, deixando poucos como reserva técnica. Então, a companhia alocou trens mais novos, os da série 7000. A frota 2100 foi fabricada entre 1974 e 1977 na Espanha pela CAF. Já os 7000 entraram em operação em 2010.
O grupo ainda diz que outros trens estão em processo de sucateamento como os das séries 5000 e 1700, que foram fabricados em aço inoxidável. O segundo modelo saiu de cena da Linha 7-Rubi, e no lugar entraram em cena as novas composições da série 9500. Já sobre os 5000, poucas unidades “menores” ainda rodam na extensão da Linha 8.
“É difícil entender porque motivo suas estruturas não foram modernizadas”, diz o texto.
Queria entender qual a lógica desse sindicato. Ao invés de ter trens com ar condicionado com melhor eficiência energética, com altos índices de confiabilidade e segurança, deve ser utilizado composições defasadas tecnologicamente? Qual o interesse?