O atual Expresso Turístico da CPTM é disputado, ao ponto de ter lista de espera. Liga a estação da Luz a três destinos, sendo Paranapiacaba, Jundiaí e Mogi das Cruzes. Mas, até o final dos 90, um outro serviço ligava a cidade de São Paulo e Campinas até a Baixada Santista, em Peruíbe.
O Trem do Pettená, com materiais cedidos pela Fepasa, operado pela empresa de turismo do Coronel Pettená, era o eixo de transporte que ligava o planalto até o litoral sul.
Foi lançado nos anos 1980, e os atendimentos ocorriam aos fins de semana e feriados. Os trens partiam tanto de Campinas quanto da Barra Funda e o destino era sempre a estação de Peruíbe, no ramal de Santos-Cajati.
Eixo Campinas-Peruíbe
Partia da estação de Campinas, e depois seguia pela linha antiga Mairinque-Campinas, e então trafegava pela Mairinque-Santos, descendo a serra. Em Samaritá, usava a ferrovia Santos-Juquiá até a estação de Peruíbe. Percurso total: 290 km.
Eixo Barra Funda-Peruíbe
Partia da estação da Barra Funda, seguindo pela atual Linha 8-Diamante, e depois na ferrovia da Marginal Pinheiros da atual Linha 9-Esmeralda até até Evangelista de Souza, onde encontrava a Mairinque-Santos. Na época existia um leito ferroviário a partir de Varginha até Evangelista de Souza, quando o trem encontrava a ferrovia Mairinque-Santos. Na sequencia a composição descia a serra até Samaritá, e depois utilizava a ferrovia Santos-Juquiá até Peruíbe. Percurso total: 160 km.
As composições eram formadas por quatro carros com poltronas estofadas e reclináveis, com o total de 156 lugares. Havia até carro restaurante, e a passagem inclui refeição a bordo, pernoite em Peruíbe, café, almoço e excursão à Juréia.
O Fim
O atendimento foi suprimido em 1999, com a recusa da concessionária privada Ferroban em ceder material rodante para a agência continuar com as excursões. Foi um dos efeitos negativos da concessão dos eixos ferroviários.
Possível retorno distante
Rosana Valle, deputada federal em artigo publicado no Diário Litoral, afirma que conseguiu a promessa do presidente Jair Bolsonaro em destinar uma verba R$ 300 milhões que a concessionária Rumo terá que pagar em indenização, pela devolução, sem uso do Ramal Ferroviário Cajati-Santos, para que sejam aplicados na volta do trem entre a Baixada Santista e o Vale do Ribeira.
A parlamentar defende o uso da verba para elaboração de estudos que comprovem a reutilização do eixo ferroviário, suprimido em 2002, que margeava todo o litoral sul, de Santos e São Vicente, passando por Praia Grande, Mongaguá, Itanhém, Peruíbe, e depois em direção ao Vale do Ribeira.
Se é tão “difícil” voltar com o trem inter-cidades, por hora poderiam reativar esses trechos com serviço turístico, creio que a procura seria bem grande, sobretudo o trajeto até Santos,poderia ser uma fonte de arrecadação interessante para o estado.
Bem que poderiam retomar as antigas linhas de viagens tanto as até Santos, quanto as que ligam o interior de São Paulo.