Os Trens do Subúrbio de Salvador deve deixará de operar a partir de 15 de fevereiro, e será iniciada uma nova etapa na construção de um monotrilho que deve funcionar no lugar do transporte suprimido.
O meio de transporte percorre 10 estações, ligando o bairro da Calçada a Paripe. Serão ofertados ônibus que estão integrados ao sistema metroviário.
De acordo com o governo do estado, as obras de implantação do VLT estão previstas para serem concluídas no prazo de 24 meses. Serão retirados os cabos elétricos e trilhos, para dar lugar as pilastras e viga-trilho, além das estações elevadas. O primeiro trem do monotrilho deve embarcar da China para o Brasil em abril.
A tarifa atualmente é de R$ 0,50 e o passageiro deverá pagar mais para se deslocar. “Hoje o trem tem uma tarifa simbólica de R$ 0,50, que não corresponde ao deslocamento da cidade. Esses usuários poderão pagar R$ 4,20 numa tarifa integrada. Deixando claro que essa tarifa atual do trem só permite o deslocamento entre Paripe e a Calçada e, caso o passageiro necessite ir até o Comércio ou outras regiões centrais da cidade, o usuário paga mais R$ 4,20, ou seja, R$ 4,70″, disse o secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado, Nelson Pelegrino, em um comunicado.
A extinção dessa linha significa o fim da principal linha ferroviária que no passado ligava Salvador a região do recôncavo baiano e a linha que no passado tinha o Trem Baiano (Salvador – Monte Azul) e o Trem Marta Rocha (Salvador – Senhor do Bonfim). Os trens regionais que ele planejam no futuro (Salvador – Feira de Santana – Alagoinhas) terá que ser feito num novo traçado, mas vale ressaltar que antigamente o trem de Subúrbio chegava até o município de Candeias na região do Recôncavo Baiano quando era operado pela RFFSA/CBTU e também havia trafego de cargas até o Porto de Salvador, mas com o crescimento do Porto de Aratu o de Salvador entrou em decadência e os cargueiros pararam fazendo a ferrovia perder importância.
Uma das melhores formas econômicas de modernizar e atualizar os sistemas de trens de passageiros em locais em que ainda se utilizam da bitola métrica é a implantação de bitola em 1,6 m a exemplo do que acontece nas maiores metrópoles brasileiras, observando, uma foto frontal postada, como destas composições de Salvador-BA, Teresina-PI, Campos do Jordão-SP e o bonde Santa Teresa-RJ em bitola de 1,1 m, e que já sofreram múltiplos descarrilamentos e com mortes, pode se visualizar a desproporção da largura da bitola, 1,0m com relação largura do trem “l”=3,1 m x altura “h”= 4,28 m (3,1 :1) conforme gabarito, o que faz com que pequenos desníveis na linha férrea provoquem grandes amplitudes, oscilações e instabilidades ao conjunto, podendo esta ser considerada uma bitola obsoleta para esta função, tal situação é comum na maioria das capitais no nordeste, exceto Recife-PE.
Para que esta tarefa seja executada sem grandes transtornos, inicialmente devem ser planejadas e programadas as substituições dos atuais dormentes que só permitem o assentamento em bitola de 1,0 m por outros em bitola mista, (1,0 + 1,6 m) preferencialmente em concreto, que tem durabilidade superior ~50 anos, principalmente os que possuem selas, para após realizar a mudança, observando-se que para bitola de 1,6 m o raio mínimo de curvatura dos trilhos é maior. (Nota; Este procedimento foi feito com amplo sucesso por ocasião da unificação da bitola dos trens suburbanos da antiga Sorocabana com os da RFFSA, inclusive com os trens cargueiros rumo a baixada paulista que hoje são a maioria nesta bitola).
Com estas ponderações fica justificada haver uma uniformização em bitola de 1,6 m para trens suburbanos de passageiros e metro, e um provável TMV- Trens de passageiros convencionais regionais em média velocidade, máximo de 150 km/h no Brasil, e o planejamento com a substituição gradativa nos locais que ainda não as possuem, utilizando composições completas com ar condicionado em que a SUPERVIA-RJ, Metro-RJ, CPTM-SP colocaram em disponibilidade em cidades como Teresina-PI, Natal-RN, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Salvador-BA que ainda as utilizam em bitola métrica, com base comprovada em que regionalmente esta já é a bitola nas principais cidades e capitais do Brasil, ou seja: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (projeto), e que os locais que não as possuem, são uma minoria, ou trens turísticos.
Assim como foi feito em São Paulo, que se recebeu como doação, composições usadas procedentes da Espanha nas quais originalmente trafegavam em bitola Ibérica, de 1,668m, e que após a substituição dos truques, (rebitolagem) trafegavam normalmente pelas linhas paulistanas em 1,6 m, com total reaproveitamento dos carros existentes, o mesmo poderá ser feita com estes trens que trafegam nestas cidades do Brasil, lembrando que este é um procedimento relativamente simples, de execução econômica, com grande disponibilidade de truques no mercado nacional, facilitando a manutenção e expansão dos serviços, uma vez que todas as implantações das vias férreas pela Valec no Norte e Nordeste rumo ao Sul já são nesta bitola (1,6m).
Esta será uma forma extremamente econômica e ágil de se flexibilizar, uniformizar, racionalizar e minimizar os estoques de sobressalentes e ativos e a manutenção de trens de passageiros no Brasil.