Nesta semana, o Metrô de São Paulo divulgou o edital de licitação do anteprojeto da Linha 16-Violeta, futuro eixo metroviário que deve ligar a Cidade Tiradentes até a estação Oscar Freire. Prevista para operar em 2039, a nova linha poderá ter 71 trens em operação e um Pátio no bairro da Mooca.
Além da função de promover o transporte de massa em regiões desatendidas pelo Metrô, como a Aclimação, o alto da Mooca, a Cidade Líder e determinada região de Itaquera, a nova linha deverá ainda reacomodar o fluxo de passageiros na malha e ajudar a desafogar estações saturadas, além de “disputar” passageiros com o monotrilho da Linha 15-Prata, de capacidade menor que o Metrô, e que deverá ganhar mais passageiros nos próximos anos.
De acordo com o documento técnico “Projeto Diretriz“, a linha violeta deve “aumentar o número de conexões na rede sobre trilhos e propiciar não somente a diversificação de trajetos como também a redução de demanda em estações atualmente consideradas críticas, como Vila Prudente e Consolação / Paulista.”
O novo eixo ainda deverá “diminuir a sobrecarga na rede estrutural ao possibilitar que fluxos atualmente
dependentes das linhas 3-Vermelha, 11-Coral e 15-Prata sejam parcialmente absorvidos pela nova linha”. O texto destaca a Linha 15-Prata do monotrilho.
O documento revela também outros feitos que o novo eixo deve propiciar para a mobilidade urbana em São Paulo:
- Propiciar a conexão de equipamentos de grande relevância internos à zona leste, como o Centro Comercial Leste Aricanduva (shopping Aricanduva e demais instalações), o Parque do Carmo, o Hospital Santa Marcelina, e centralidades como as de Vila Formosa, Jardim Anália Franco e das avenidas dos Metalúrgicos, Jacu-Pêssego, Itaquera / Líder, Aricanduva, Rio das Pedras e Paes de Barros, estrada do Iguatemi e rua Harry Dannemberg;
- Impulsionar o desenvolvimento dessas centralidades e a formação de novas;
- Desenhar uma nova ligação entre a zona leste e o centro expandido, que altere a estrutura de circulação estabelecida. Esta nova ligação introduz um ponto de travessia da várzea do rio Tamanduateí e atravessa algumas vias da zona leste de São Paulo que atualmente direcionam o fluxo de pessoas para a Radial Leste ou avenida Sapopemba / Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello;
- Reduzir disparidades do território e ampliar a acessibilidade de regiões não servidas por transporte sobre trilhos atualmente;
- Superar barreiras físicas, com destaque para: os rios Tamanduateí, Tatuapé, Aricanduva e Jacu; a orla ferroviária onde circula a Linha 10-Turquesa; e, especialmente, a descontinuidade viária que constituiu o tecido urbano da zona leste.
- Aumentar a oferta de transporte coletivo, incentivando a população a migrar dos modos individuais motorizados para o modo coletivo motorizado integrado aos modos ativos de circulação (a pé e bicicleta).
2039 é uma piada com a cara do paulistano.
E pode ter certeza que não sai antes de 2050