A Rumo anunciou recentemente a implantação da segunda fase do projeto Detecção de Trilhos Quebrados (DTQ), que consiste na integração a um sistema de Inteligência Artificial capaz de aumentar de 95% para 98% os níveis de assertividade de identificação de problemas na via.
De acordo com a operadora, o projeto DTQ foi desenvolvido pela área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), sendo que a primeira fase foi iniciada em 2018, e representa uma tecnologia inédita no Brasil. Neste estágio, a iniciativa consistiu na instalação de um aparelho em diversos pontos da malha ferroviária e, com ou sem trem na via, as condições dos trilhos eram repassadas ao Centro de Monitoramento de Redes (NOC). Quando era identificada uma avaria, os maquinistas de todos os trens eram informados em tempo real, eliminando o risco de descarrilamento.
“Nos meses de agosto e setembro deste ano, sem a IA, teriam sido detectados 96 trilhos quebrados. Com a adição do modelo, tivemos uma detecção adicional de 6 fraturas, totalizando 102 casos e representando um ganho de 6,25% de precisão”, afirma Rodrigo de Souza, Gerente de Tecnologia Ferroviária da Rumo.
Após a conclusão dos experimentos, 60% dos aparelhos DTQs instalados em toda a malha da Rumo receberam a atualização e entraram em fase de operação assistida.
A tecnologia ainda afasta a possibilidade de alarmes falsos para trilhos quebrados. “A integração do sistema reduziu as notificações que causavam a parada do trem ou a necessidade de restrição de velocidade”, explica Souza. “Nos testes foram identificados 14 casos de alarmes falsos que demandariam vistorias da equipe de manutenção de via. Com esse novo modelo aumentamos a eficiência da operação e reduzimos em 50% o índice de casos do gênero”, afirma.
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