As linhas de trens metropolitanos funcionam das 4h da manhã até a meia noite, e mais ou menos a cada seis minutos no horário de pico passa um trem em umas das muitas estações das linhas 8-diamante e 9-esmeralda. Ao todo são quase 80 quilômetros de trilhos nas duas linhas, e levando em conta os dois sentidos, são quase 160 km de vias. A ViaMobilidade conta com uma frota de mais de 50 trens, sendo que cada um deles conta com oito carros. Cada carro conta com dois truques e cada um deles contam com quatro rodas.
Trilhos e rodas são feitos de metal, e a superfície desses componentes precisam estar dentro dos parâmetros operacionais que são pré-estabelecidos em uma ferrovia. Isso significa que tanto a roda de um trem quanto os trilhos são “medidos” para verificar adequação a esses padrões.
Para essas medições, um aliado foi incorporado para avaliar a superfície de rodas e de trilhos. A operadora adquiriu um aparelho que, por meio de lazer, faz a medição dos competentes, etapa que antecede a usinagem das rodas dos trens, ou manutenção dos trilhos:
A empresa opera uma quilometragem similar da distância entre São Paulo e Taubaté. Como a operadora monitora toda essa distância sobre trilhos?
“Para a gente fazer inspeções e ter o máximo de levantamento de dados possíveis para executar posteriormente o serviço de manutenção”, explica o Gerente de Manutenção de Via Permanente da ViaMobilidade, Cassiano Pantuzo.
Depois das aferições, o equipamento a laser entra em ação. “É um equipamento portátil, e ele confirma qualquer dado levantado anteriormente. Possibilita ali manualmente e pontualmente, né? O levantamento do trilho para atuação da manutenção.”
Cassiano explica ainda que o novo método é muito mais assertivo. “É muito mais ágil. Porque antigamente esse processo ele era feito através de um perfilômetro manual. Então é um aparelho antigo de medição do trilho. Ele é parecido, como se fosse um compasso. Só que o ponto de apoio no próprio trilho e ele traça o perfil do trilho num papel milimetrado e depois você tem que fazer o cálculo do desgaste.”
O cuidado com a via vale também para as rodas do trem. “Na manutenção nós temos um equipamento que é o calitri que a gente acaba fazendo as medições. Então a gente mede a altura do friso, e o diâmetro da roda. E visualmente a gente consegue detectar alguma imperfeição. Detectada essa imperfeição a gente leva o trem para a usinagem de roda”, explica Hugo Nalini, Gerente de Manutenção de Material Rodante e Oficinas da ViaMobilidade.
Esse cuidado com trilho e roda é claro que traz mais eficiência para a operação. Os equipamentos mostrados fazem parte de investimentos na ordem de 2,5 bilhões, dos R$ 3,8 bilhões previstos nos 30 anos de concessão. Além dos materiais vistos, foram adquiridos 44 veículos auxiliares de manutenção.
O Via Trolebus registrou o novo equipamento em vídeo. Confira:
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