Um dos mais terríveis acidentes ferroviários ocorridos no Brasil aconteceu a 800 metros da estação Engenheiro Goulart, atual parada da Linha 12-Safira da CPTM, na Zona Leste da cidade de São Paulo.
O ano era 1959, e na época, a variante passava por obras de duplicação de linhas, sendo que o primeiro trecho, entre as estações Engenheiro Gualberto e Engenheiro Goulart, havia sido inaugurado menos de três meses antes do acidente, quando dois trens colidiram de frente na chamada Linha de subúrbio da Central do Brasil, que já ligava o Brás, naquela época chamada de Roosevelt, até Poa, na estação Calmon Viana. De acordo com relatos históricos, um dos trens estavam “superlotado de trabalhadores”, e o outro com poucos passageiros.
A composição mais vazia que seguia para o Brás deveria aguardar na estação de Engenheiro Goulart, o trem no sentido Calmon Viana . No entanto, o chefe da parada ordenou a partida. Foi o fator determinante para que mais tarde, às 18:20, ambos se chocassem. Na época, não havia sistema de sinalização na região.
O trem que seguia no sentido centro estava em um desvio, e foi autorizado a seguir viagem na via singela, em rota de colisão com o outro trem que vinha em alta velocidade no sentido de Poa.
Toda a culpa caiu sobre o chefe da estação. Foram 50 mortes, na maioria dos casos dos passageiros que estavam no primeiro carro e 120 feridos, e entre os óbitos, uma pessoa que correu para ajudar, acabou morrendo eletrocutada por ter encostado na rede elétrica que estava sobre via.
O acidente poderia ter sido maior, já que o maquinista do trem que seguia para o Brás conseguiu frear a composição. Ainda no mesmo dia, passageiros de outras composições ficaram revoltados com a interrupção dos serviços, e houve tentativa de depredação de trens.
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