Veja como será a integração entre as linhas 4 e 16 na Estação Oscar Freire

A Estação Oscar Freire, na Linha 4-Amarela do metrô, deve ganhar futuramente integração com um futuro eixo metroviário que vai partir da região até o extremo leste da cidade de São Paulo.

Trata-se da Linha 16-Violeta, ligando as estações Oscar Freire e Cidade Tiradentes. O empreendimento está na fase de contratação do anteprojeto de engenharia, seguido pelo projeto básico.

Fonte: Metrô de SP

O Via Trolebus segue analisando o projeto diretriz da Linha 16, e disseca a seguir a futura conexão entre aos dois eixos metroviários.

Estações da Linha 16 abordadas em artigos do Via Trolebus:

Segundo o documento, a parada poderá ser na alameda Lorena, entre a avenida Rebouças e a rua Melo Alves. O lado oposto da avenida Rebouças está ocupado pelo complexo do Hospital das Clínicas, que deverá ser beneficiado com um acesso.

Fonte: Metrô de São Paulo

Mais a oeste, usos mistos se mesclam com usos residenciais e de comércio e serviços, formando uma ocupação equilibrada. A presença do conjunto Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP confere a este setor
uma importância única na cidade, de abrangência metropolitana.

Mudanças na estação atual da Linha 4

A parada da Linha 16 terá demanda diária de 37.890 passageiros, dos quais 4.661 embarques e 3.980 desembarques na hora pico da manhã. A integração com a linha 4 impacta sua demanda que deverá ser atendida por adaptações nas escadas das plataformas e prolongamento do mezanino de distribuição já existente.

Segundo o documento, neste cenário, a demanda prevista na estação da Linha 4-Amarela é de 52.020 passageiros diários, sendo 3.953 embarques e 7.910 desembarques na hora pico da manhã, com carregamento de 32.074 passageiros no sentido de Luz e 24.644 no sentido de Taboão da Serra.

A integração entre as duas estações deve ocorrer por meio de um túnel aberto na extremidade do mezanino da linha 4 ao norte:

Fonte: Metrô de São Paulo

Será necessário acrescentar uma escada rolante na plataforma sentido de Luz e, para acomodá-la em posição adequada ao fluxo de passageiros, será preciso retirar uma das escadas fixas existentes em formato de “T”, substituindo-a por uma nova em formato de “L” locada na plataforma.

Método construtivo

O documento ainda mostra queo método construtivo adotado será de três poços secantes com 21 m de diâmetro, escolhido em função das áreas disponíveis para desapropriação, complementado pela escavação do corpo lateral das
plataformas em TBM4 e de túnel em NATM para a integração com a Linha 4-Amarela.

Será também necessário executar dois poços de 12 m de diâmetro para permitir o ataque à obra de rompimento das
paredes do túnel em NATM da estação existente, assim como executar a mudança de direção do túnel de integração.

Como funcionalidade adicional, este poço poderá ser usado para ventilar o corredor de aproximadamente 114 metros de comprimento que interligará as estações ao passar por entre a projeção de duas torres verticais, estando abaixo de suas garagens.

Saída do supertatuzão

O trecho da Linha 16 entre Regente Feijó e Oscar Freire deve ser construído por uma super tuneladora, capaz de construir quatro vias, duas em cima e duas em baixo. A expectativa é que o grande maquinário adentre o solo na zona leste em direção a região futura estação de integração entre as linhas 4 e 16, saindo no chamado VSE1:

O método de construção vai permitir um maior número de estacionamentos ao longo da linha, e diminuição do espaço do pátio de manobras. Na região de Oscar Freire, por exemplo, serão estacionados 10 trens.

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.