A semana começa novamente com a possibilidade de greve nos ônibus da cidade de São Paulo. A categoria está em estado de greve há algumas semanas.
Em uma plenária da Campanha Salarial 2024, realizada nesta quarta-feira (29) no auditório do SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), a diretoria, membros da comissão de negociação e delegados avaliaram a quinta rodada de negociações com os trabalhadores.
Sem avanço nas negociações, os presentes decidiram por unanimidade convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para a próxima segunda-feira, 3 de junho, às 16h, em frente à Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá. O objetivo é iniciar uma greve na sexta-feira, 7 de junho, a partir da meia-noite, em todas as garagens e terminais de ônibus, como forma de protesto.
A entidade afirma que tomou essa decisão devido à falta de progresso nas cláusulas econômicas, com uma diferença significativa entre o que é solicitado pelo Sindicato e o que foi oferecido pelos empregadores.
O Sindicato solicita um reajuste de 3,69% com base no IPCA-IBGE, mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais durante a pandemia, calculadas em 2,46% pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O setor patronal ofereceu 2,77% e uma composição pelo salariômetro em setembro, proposta já rejeitada em assembleia. Outras reivindicações, como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), nem sequer tiveram propostas apresentadas.
Segundo o presidente Edivaldo Santiago, o dia 3 de junho será o “DIA D” da categoria. “Não vamos aceitar um acordo ruim e ser vistos negativamente pelos trabalhadores. Fomos escolhidos para melhorar a vida da categoria e recuperar suas perdas. Vamos buscar isso com um grande movimento de paralisação na cidade de São Paulo”.