O Movimento Passe Livre manifestou seu apoio a greve dos metroviários, que entrou em seu segundo dia nesta sexta-feira (6), paralisando parte das operações de 3 ramais: Linha 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
Em seu site o movimento destacou ainda os usuários que pularam as catracas na Linha 5-Lilás, e chamou a atenção para os funcionários que não aderiram a paralisação:
“Na Linha Lilás, porém, a Estação Capão Redondo foi aberta por volta das 6h por “fura-greves” à serviço do Governo – num ato completamente irresponsável, pois se tratam de supervisores e funcionários de escritórios, praticamente sem qualquer treinamento na operação dos trens (na semana passada, um deles conduziu um trem de portas abertas!).
Com a abertura das portas, os usuários entraram a estação e durante cerca de uma hora, quase ninguém pagou tarifa para viajar: quem entrava, pulava a catraca ou passava por baixo espontaneamente. Como até os trabalhadores da segurança do Metrô estão em greve, os usuários puderam exercer livremente a “catraca livre” por uma hora sem repressão.
Porém, às 7h, os fura-greves que operavam a linha à serviço do Governo (conhecidos como “contingência”) chamaram a PM, que ocupou a estação com uma dezena de soldados armados para impedir que os usuários continuassem pulando as catracas.
Na Linha Vermelha, passageiros também se revoltaram em Itaquera, quebrando as grades da estação e também pulando as catracas. Mesmo com a operação dos trens paralisada ali também, o Estado não perdeu tempo e também acionou a PM para reprimir a população.
A repressão à greve e aos usuários que instituíram a Tarifa Zero na prática mostra mais uma vez o verdadeiro interesse por trás desse transporte que deveria ser público: o lucro dos empresários que assistem desde cima trabalhadores dos dois lados do transporte lutando por dignidade para trabalhar e se locomover pela cidade.
Enquanto usuários e trabalhadores se juntam na luta por um transporte público de verdade, o governo e sua polícia correm para proteger as catracas. Hoje o governador e os patrões proíbem enfurecidos a liberação das catracas. Mas logo ninguém mais vai pedir autorização! A aliança entre usuários e trabalhadores do transporte é inadmissível para os de cima. A Tarifa Zero na prática é inadmissível para os de cima”
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