As vias de São Paulo possuem um espaço democrático? A resposta é não! Esta questão esta intimamente ligada a um dos maiores ingredientes que explicam a imobilidade presente nas cidades Brasileiras, sobretudo a capital paulista, foco na discussão que esta página promove.
Qual modal representa a maior quantidade nas ruas?
Segundo Pesquisa de Monitoração da Fluidez, da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, os carros particulares na cidade de São Paulo representaram 80% de toda os mais de sete milhões de veículos em 2013. No anterior, este número foi de 78%. A pesquisa analisou 220 quilômetros de vias na Capital Paulista. Os ônibus urbanos permaneceram apenas em 3% da frota.
O carro é modal que mais transporta passageiros?
Não mais uma vez. Recente pesquisa feita pelo Datafolha aponta que 79% dos moradores de São Paulo usam diariamente ônibus para se deslocar. Em seguida, aparece o sistema de metrô com 39% dos entrevistados. O carro aparece apenas em terceiro lugar, com 17%. Já na quarta posição é dos trens da CPTM, que transporta 14%.
Apesar disto, uso do transporte individual só aumenta
Entre 2007 e 2012, as viagens feitas com carros, motos e táxis aumentaram 21% –enquanto as por ônibus, trens e metrô subiram 16%. Tal afirmação foi feita em estudo da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo.
Quem paga a conta?
Você que esta lendo este artigo é quem paga a conta. Os congestionamentos de trânsito registrados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo geraram custo econômico de R$ 98 bilhões, no ano passado, de acordo com estudo técnico da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O cálculo considera a perda de produção não concretizada e o gasto extra de combustíveis. O custo da mobilidade equivale a 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e riquezas geradas pelo país) do ano passado.
Cabe lembrar que o estudo não contabiliza as internações e mortes em decorrência da poluição, causadas na sua maioria por sua majestade, o carro!
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