O governador Wilson Witzel prometeu retomar uma ligação ferroviária entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Em uma entrevista ao jornal “O Dia“, o governador que aspira concorrer a presidência da república disse que deve “retomar” o projeto de trem de alta velocidade.
Segundo o governador, o trem poderia ser até estendido a Belo Horizonte. “Vamos retomar o projeto. Segundo o ministro Tarcísio (Infraestrutura), um trem de alta velocidade que faria o trajeto em 1h05 ou 1h10 seria um avanço significativo nos transportes, pois a ponte aérea tem dois aeroportos complexos. Se imaginarmos daqui a 10 anos, como vamos estar em termos de economia evoluída, os aeroportos serão sobrecarregados. Um trem ajudaria muito no desenvolvimento e, quem sabe no futuro, chegando até Belo Horizonte” – afirmou.
A fala vem em um momento onde Witzel estreita os laços com João Doria, atual governador de São Paulo. De acordo com Witzel, as propostas não estão relacionadas à interesses na disputa da eleição presidencial de 2022.
4 projetos de Trem Bala no Brasil
O projeto TAV Rio-São Paulo
A principal linha do TAV brasileiro é a Rio-São Paulo-Campinas, que integraria por transporte terrestre as maiores metrópoles brasileiras e a maior do interior. O tempo de viagem entre o Rio e São Paulo seria de 1h25. E de São Paulo para Campinas em 25 minutos.
Eram previstos túneis em diversos pontos do traçado. Na capital paulista, um deles teria 16 km de extensão. O maior túnel do trajeto poderia ter até 25 km de extensão.
A intenção do então governo de Dilma Rousseff, inicialmente, era de que o “trem-bala” estivesse pronto para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
Porém, atrasos na preparação do edital de licitação apresentados em outubro de 2009 comprometeram o prazo de início das obras e o projeto não estará pronto em tempo de contemplar a Copa do Mundo FIFA de 2014. Novos atrasos adiaram o processo de licitação para abril de 2011 e, depois, para julho de 2011. A possibilidade de apenas um consórcio, o coreano, de entrar na disputa, foi um dos argumentos para o adiamento do leilão, ainda que oito empresas tinha manifestado interesse.
O custo inicialmente previsto pelo governo federal para a conclusão de todo projeto era de 23 bilhões de Reais, dos quais 20,8 bilhões seriam financiados pelo BNDES.
O projeto tinha uma oposição de peso. O ex-governador de São Paulo, e hoje senador José Serra, chegou a declarar publicamente que tinha atuado contra o trem bala por considera-lo “falido”.
O Serra não vai boicotar desta vez?
“Planejar trens de alta velocidade TAV no Brasil antes de trens regionais de carga e passageiros é colocar a carroça na frente dos bois”
O presidente da Alstom no Brasil, Philippe Delleur, afirmou que fazer trens regionais de média velocidade em São Paulo seria o caminho “mais curto e seguro ” para o Brasil chegar ao trem-bala.
Para ele, o problema está nas obras civis. As empreiteiras nacionais, disse, indicam que o valor dado pelo governo está subdimensionado. O projeto total está estimado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em R$ 33,1 bilhões, sendo cerca de R$ 28 bilhões (valores de dezembro de 2008) em obras e desapropriações.
Delleur afirmou que as empresas já estão com dificuldades para conseguir recursos próprios, “equity”, para ingressar como sócias. E, caso a obra fique mais cara que o previsto, serão necessários mais recursos próprios ou financiamento. O BNDES pode financiar até R$ 20 bilhões.
“Nossas conversas com investidores indicam que é muito difícil achar um valor tão grande de “equity” privado. Os investidores financeiros não vão colocar dinheiro se não houver um grande esclarecimento sobre o projeto. E, se o orçamento não é R$ 33 [bilhões], é R$ 50 [bilhões], aumenta o tamanho do problema a ser resolvido.”
O tempo a mais até a nova data do leilão também será usado para fazer novos estudos sobre as conexões com outros sistemas de transportes, principalmente em São Paulo. Como é essencial que a linha de alta velocidade seja integrada, Delleur defende os trens regionais.
Entre os modelos de trem regional propostos estão os semelhantes aos que nossos vizinhos Sul Americanos e que tem como base a AMTRAK-EUA como do;
Viatrolebus 09/mai/2019 – Chile recebe propostas para construir trem de alta velocidade entre Santiago e Valparaiso.
Viatrolebus 25/set/2019 – Peru faz PPP para construir ferrovia de tráfego misto, ou seja, trens cargueiros e de passageiros ~324km e trem a 200km/h.
Teste da demanda;
Pelos estudos, cerca de 70% da demanda do trem-regional viria de ligações entre as cidades paulistas. Por isso, diz, o ideal seria testar um sistema ferroviário nessas ligações, conhecer a demanda real e, só depois, passar para os trens de maior velocidade.
“Grande parte da demanda não fica entre SP-RJ, mas em volta de São Paulo. O projeto deveria trazer resposta a essa demanda existente e, para isso, o regional pode ser rapidamente feito, em três a quatro anos, captar a demanda, estabilizar e usar esses recursos para continuar o projeto de alta velocidade.”
Não conheço a fundo o problema, mas concordo com o presidente da Alstom.
Com tantas ligações ferroviárias mais simples e baratas pra se fazer ou reformar que trariam ganhos expressivos à economia e mobilidade, e vem esse governador do Rio com essa demagogia. Numa crise sem precedentes que assola o estado do RJ, o próprio povo fluminense seria contra essa megolomania.
só me explica como fazer na serra das araras.
Witzel não irá por em prática nem um trenzinho de brinquedo, quanto mais um trem bala.
Será impichado……….
SO ESPERO , SENHOR GOVERNADOR WITZEL, QUE VC SEJA HOMEM E VA ATRÁS DE QUEM ARMOU PARA VC SER DESCOBERTO EM SUAS FALCATRUAS. CHUMBO TROCADO NAO DOI. O BOZO ESTÁ RINDO DE SUA CARA DE BOLACHA.