O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, durante entrevista ao Portal R7 disse que os transportes metropolitanos não terão aumento na tarifa durante o período da pandemia do novo coronavírus.
“Nem durante nem posterior à pandemia haverá qualquer tipo de aumento de passagem de CPTM, Metrô e EMTU [Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo] no Estado”, afirmou o titular da pasta.
A resposta foi frente ao comentário do presidente da NTU (Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos), Otávio Vieira da Cunha Filho, que informou que o aumento em todo o país seria inevitável pela diminuição do número de passageiros. “Quem aumenta sou eu, não ele. Afirmo com todas as letras”, disse Baldy.
Diversas empresas de transportes vem enfrentando problemas pela baixa na demanda de usuários, por conta do distanciamento social e pela retração econômica.
Pergunto ao secretário de quem sou admirador, porque o Metro Carrão esta desligando as suas escadas rolantes das saídas, será que a economia e tão substancial que justifica este desconforto a população, principalmente aos idosos e deficientes físicos.
O metrô não desliga as escadas, elas são desligadas por vandalismo provocado por vendedores ambulantes e outras pessoas. Como faltam seguranças nas estações, as escadas são desligadas cotidianamente e religadas pelos funcionários do metrô. Mas esse liga-desliga acaba danificando os equipamentos.
Devia é cortar o subsidio absurdo aos ônibus e metro e cobrar a tarifa real.
Logo veriam que o preço é demasiado alto e uma licitação com preço justo seria (obrigatoriamente por pressão popular) feita.
Mas aí temos muitos “padrinhos” no meio não ?!
Sem subsídios ninguém iria usar o metrô e a passagem não iria cair um único centavo.
Falar em “preço justo” sem se preocupar com a manutenção dos subsídios (que pagam a passagem dos idosos, PCD, estudantes, desempregados, etc) é falácia.
Quase 3 bilhoes em subsidio a empresas de onibus só na cidade de SP, com cada vez menos onibus, menos passageiros (nao falo de agora da pandemia, de antes mesmo), vc nao acha alto demais nao? o custo para transportar gratuidades e meia-passagem é tao alto assim????
Segundo dados da SPTrans a frota de ônibus tem variado pouco:
2013 – 14.805
2014 – 14.798
2015 – 14.754
2016 – 14.760
2017 – 14.456
2018 – 14.048
2019 – 13.979
2010 – 14.034 (até maio)
A baixa variação negativa dos últimos anos se deve a troca de veículos, mudanças em linhas, ampliação de corredores, etc, isso acaba refletindo em uma necessidade de reduções pontuais de ônibus.
Os subsídios aos passageiros de bilhões representam apenas 28% da arrecadação do sistema. Isso mostra que eles não são o maior problema. Creio que o maior problema concentra-se nos custos de operação dos ônibus.
O primeiro problema está no combustível. O combustível para a frota representa sozinho 20% dos custos do sistema. E o combustível é diesel em quase toda a frota. Caso outras fontes fossem adotadas, esse valor poderia ser menor e com menor custo de operação, temos chance de passagens mais baratas.
O segundo problema está em mão-de-obra. O custo com pessoal representa 44% do custo do sistema de ônibus, sendo que temos funções ociosas hoje como a do cobrador. Se o cidadão paga 84,2% dos custos do sistema de ônibus, ele gostaria de ver seus recursos otimizados. Mas isso não ocorre hoje. Caso a figura do cobrador fosse removida dos ônibus, o custo cairia e permitiria passagens mais baratas.
O terceiro problema está na questão das receitas acessórias. Hoje o custo do sistema é custeado da seguinte forma:
População – 84,2% (Tarifas 49,3%+subsídio de passagens de 28,1% e 6,8% para a infraestrutura)
Empresariado – 14,3% (Vale-Transporte)
Receitas acessórias – 1,5% (propaganda, exploração comercial de terminais, etc)
A SPTrans perde dinheiro com o contrato de propaganda atual com a Otima e mais dinheiro ainda por não saber explorar mais receitas acessórias. O Metrô arrecada com shoppings, aluguel de terrenos, consultorias empresariais, propaganda, etc, e a SPTrans deveria estar no mesmo patamar. Um estudo do Ipea demonstrou que Paris, por exemplo consegue arrecadar até 40% do valor de manutenção do seus transportes com receitas acessórias (aluguel de imóveis, terrenos, shoppings, propagandas, etc) enquanto que o subsídio é de 20%. E a SPTrans arrecada 1,5% apenas de receitas acessórias com subsídios diretos de 28%.
Resolvendo essa trinca combustível-pessoal-receita acessória, teremos um transporte mais barato e eficiente para São Paulo.
Além desses valores, não há um valor fechado de lucro mínimo das empresas, sobre os custos? Já vi cidades que tem isso, e esse é um dos fatores que fazem certas cidades médias terem terem tarifas maiores que capitais.