Em uma reposta a um usuário em sua rede social, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, disse que não há perspectiva real do projeto da Linha 22-Bordô do Metrô sair do papel na atual gestão:
A fala, no entanto, não revela nenhuma novidade sobre o status real do novo eixo metroviário, que promete ligar a capital paulista até Cotia, por meio da Rodovia Raposo Tavares. Em abril, o Via Trolebus já havia revelado que a ligação não é mais considerada como prioritária pela administração estadual, ainda que continua no planejamento da rede futura de transporte.
“O trecho entre as estações Morumbi e São Paulo-Morumbi (Linha 4-Amarela) da Linha 17-Ouro, assim como a Linha 22, continuam no planejamento da rede futura de transporte. O mapa divulgado no Relatório Integrado 2019 apresenta as linhas consideradas prioritárias, segundo o plano plurianual de investimentos do Metrô” – diz nota do Metrô ao site.
O início das obras nem poderia ser mencionado uma vez que faltam ainda mais estudos aprofundados sobre o novo eixo de transportes com 13 estações em 16,1 km de extensão. Uma apresentação da secretaria dos transportes, que acabou sendo vazada pela mídia especializada em 2019, previa a entrega da Linha 22 prevista para 2028, cenário quase impossível sem obras previstas para os próximos dois anos.
No caso da região da Raposo Tavares o ideal é alargar a rodovia e fazer obras como a eliminação de trechos com semáforo através de viadutos, a reestruturação de algumas vias em São Paulo pode melhorar bastante a situação de quem entra e quem sai da rodovia, estas obras vão auxiliar o desenvolvimento economico da região pra que as pessoas tenham emprego próximo as suas casas.
Não há espaço para o alargamento da rodovia nem viabilidade para remoção de semáforos.
A prefeitura de Cotia, de forma irresponsável, permitiu muita especulação imobiliária no eixo da Rodovia entre os anos 1980 e 2010. Essa especulação estrangulou a capacidade viária da rodovia e ocupou áreas necessárias para um possível alargamento.
No mundo ideal, a prefeitura de Cotia teria de arcar parcialmente com os custos da obra de metrô/monotrilho ali (parte do recurso deveria ser obtido através de aumento de IPTU para quem mora nos arredores da rodovia) e proibir qualquer outra construção no eixo da rodovia até o metrô/monotrilho ser inaugurado.
Além do que o Ivo disse, é consenso de que alargar uma via congestionada e adicionar mais faixas de rolamento a ela não é nenhuma solução – só incentiva o uso maior ainda do transporte rodoviário no eixo. As soluções reais são a adoção de transportes em massa (metrô, BRT) e melhorias no sistema cicloviário (que hoje alcança 80% do percurso entre o km 19 e o km 10 da Raposo Tavares – trecho dentro da área do município da capital)
se já está dificil finalizar o que está em andamento, imagina começar a construção de novas linhas …