A aposentadoria da frota E está mais próxima. Na segunda-feira, divulgamos que o secretário dos transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, em uma reposta nas redes sociais, informou que com a aquisição de 44 novos trens, “logo não teremos mais composições sem ar-condicionado“.
Já nesta quarta-feira, o titular da pasta descartou a reforma do modelo, em outra resposta em sua conta no Instagram. “Neste momento estamos iniciando a compra de 44 novos trens. Entre modernização e compra de frota nova, escolhemos a compra de trens zero km e modernos, com toda tecnologia atualizada embarcada”, disse Baldy.
Novos trens
O Governo do Estado de São Paulo foi autorizado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) a obter operações de crédito para expansão da Linha 2-Verde e aquisição de novos trens. A informação consta no Diário Oficial do último sábado, 12 de dezembro de 2020, no caderno do Poder Legislativo. Trata-se do “projeto do Estado de São Paulo – Expansão da Linha 2 Verde e Aquisição de Material Rodante”.
Serão até US$ 599.601.826,91 autorizados para 44 novos trens que devem operar nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, além da expansão da Linha 2-Verde, de Vila Prudente até a Penha.
Das 44 unidades, 22 deve operar no trecho novo da Linha verde, e os outros 22 serão usados nas linhas 1 e 3. A ligação entre Jabaquara e Tucuruvi e entre Itaquera e Barra Funda terão um upgrade no sistema de sinalização, o CBTC, que deve permitir colocar mais composições na via.
Os trens devem ter características parecidas com as frotas atuais, tendo seis carros, capacidade de transporte de 2.000 passageiros e ar condicionado. A novidade é que as composições terão passagem livre entre os carros, inéditos na operação destas linhas.
Perfeito, tem e que comprar trens novos, esse negocio de reformar não funciona sai mais caro e não fica bom, agora o nosso secretario de transporte poderia dar um toque ao nosso prefeito, as linhas de ônibus principalmente no Metro Carrão estão saindo com intervalos dobrados (isso em vez de sair a cada 10 minutos estão saindo com intervalos 20 a 30 minutos), isso em plena pandemia de covi19 chega a ser um crime.
Esta suposta justificativa para se substituir as composições da frota “E” por da falta de Ar Condicionado, é mais uma dos múltiplos exemplos de desperdício do erário público, pois embora o ideal é que já viesse instalado da montadora, porém sua inclusão representa menos de 5% de uma composição nova!
No artigo “CPTM leiloa 71 trens antigos pelo preço de meio vagão de uma composição nova” “Metrô CPTM”
Naquele pregão se arrecadou R$ 8,9 milhões, dos quais R$ 2,9 milhões foram obtidos com a venda de 23 trens da Série 4400 e 48 da Série 1700.
Aquele sucateamento foi precipitado, pois a durabilidade daqueles trens, principalmente os 48 da série 1700 ainda teriam utilidades para no mínimo três anos, desta forma se confirmou que aquele item do prazo exíguo de quinze meses para aquisições de trens colocado para os possíveis concessionários das Linhas 8 e 9 foi um blefe para desviar o foco para no mínimo três motivos;
1º- Justificar o cancelamento da encomenda dos 34 trens prometida!!!
2º- Não incluir os Trens Intercidades para Sorocaba.
3º- Postergar a melhoria desviando o foco da questão ao invés de se investir em reforma, ampliação e construção de novas estações, é colocado a população que só com novos trens com CBTC é que se resolve a superlotação.
Da mesma forma causa estranheza que os custos e a administração destas instalações e modernizações administradas pelo Metrô, e não pela concessionária, fica comprovado que estas concessões do PSDB são um negócio de pai para filho, e o risco econômico da concessionária é praticamente zero!
Alô Ministério Público, vocês deveriam fiscalizar melhor estas concessões, pois trazem prejuízo para o Estado.