O jornal Bahia Notícias divulgou a opinião de um urbanista contrário a implantação de um monotrilho na Região Metropolitana de Salvador, que está em curso. O meio de transporte elevado deve entrar no lugar do sistema de trens de subúrbio.
O urbanista Carl von Hauenschild, de acordo com a publicação, afirma que o modelo final da intervenção representa retrocesso do ponto de vista tecnológico, do desenvolvimento econômico, em médio e longo prazo, assim como paisagístico.
Critica ainda o modelo de PPP adotada. “A gente tem uma PPP (Parceria Público-Privada) de 35 anos e nesse tempo a empresa está obrigada a fornecer qualquer peça e garantir a manutenção do sistema. Mas imagine se a empresa fecha ou se depois de 30 anos não querem mais operar o sistema. A Bahia vai mudar todo o sistema para adaptar a uma nova empresa?”, questiona o urbanista.
Já a Secretaria Estadual de Desenvolvimento (Sedur) afirmou ao jornal que “a BYD, que lidera o consórcio junto com a Skyrail e a Metrogreen, é um dos maiores fabricantes de equipamentos rodantes do mundo. Ela fabrica trem, carros elétricos, ônibus elétricos, painéis solares, entre outras coisas. Mas não há apenas uma empresa que fabrica monotrilho. É uma gigante no setor”.
A solução do sistema suburbano não é difícil, se bem que bastante custosa: renovação do material rodante, extensão da sinalização elétrica e automática para todo o subúrbio, criação e modernização das oficinas de manutenção, reforço na rede aérea de tração e o início de uma campanha sistemática de conscientização da população para a conservação dos trens e estações. Assim, se poderia até aumentar a demanda de passageiros.