A crise sanitária e por consequência a crise financeira, retirou passageiros de sistemas de transportes mundo a fora, e no Brasil não foi diferente.
Houve portanto maior redução do número de linhas e pressão sobre as receitas, ao mesmo tempo em que investimentos estão sendo efetuados para a transição de motores de combustíveis alternativos. O cenário adverso e incerto, que exige a adoção de medidas para preservar a mobilidade urbana e evitar o impacto social do progressivo colapso em andamento, será tema do Foro Inteligência Risco do colapso do transporte urbano no mundo e no Brasil, no próximo dia 4 de maio, às 19h.
Os palestrantes do encontro são o executivo Armando Guerra, que já dirigiu várias empresas de grande porte e, recentemente, assumiu a Fetranspor com a missão de profissionalizar a gestão da entidade, e Richele Cabral, engenheira e vice-presidente para a América Latina da Associação Internacional de Transporte Público. Entre os temas do debate está o contexto do setor de transporte coletivo no Brasil, pressionado pela drástica redução no número de passageiros pagantes e pela elevação dos custos essenciais de manutenção do serviço, que chegou ao limite da sua capacidade, comprometendo o pleno atendimento da população.
Na Europa e nos Estados Unidos, o segmento tem subsídios que variam de 20% do custo operacional, como em Paris; 46% em Amsterdam; 74% em Praga; e 56% em Madri. Uma das métricas consideradas para os diversos programas de apoio leva em consideração o total gasto pelo trabalhador de renda média. No Brasil, a cidade de São Paulo subvenciona o segmento com bem menos, apenas 20% dos custos operacionais; Brasília e Curitiba em menor escala.
No Congresso Nacional, o projeto de lei complementar 310/2009 de desoneração do setor está na Câmara dos Deputados, após ter sido debatido no Senado. O novo padrão de mobilidade depois da pandemia, a descentralização urbana, o quantitativo de trabalhadores que permanecerão em home office, a pressão pela redução da poluição dos equipamentos de transporte público e pela mudança de combustíveis, além do processo de substituição da frota por unidades elétricas, formam um desafio de grande proporção, que certamente só terá chance de sucesso com a presença do Estado em seus diversos níveis.
O Foro poderá ser visto ao vivo pelo Facebook e pelo Zoom, e posteriormente, no canal da Insight Inteligência no YouTube. As melhores palestras do Foro poderão ser lidas na revista Insight Inteligência.
Sobre o Foro Inteligência: Reúne o BRICS Policy Center e a Insight Comunicação, com o apoio do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio e da Casa de Afonso Arinos. O Foro manterá um canal aberto com países como China, Rússia, Índia e África do Sul. A ideia é apresentar palestras, cursos e seminários abordando problemas brasileiros não convencionais e que tangenciam as nações do bloco.
Serviço
Foro Inteligência
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Risco do colapso do transporte urbano no mundo e no Brasil
Palestrantes: Armando Guerra e Richele Cabral
Data e horário: 4 de maio, às 19h
Inscrições gratuitas: bit.ly/foro04-05
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